Na passada noite de 25 de Outubro, a Casa Manuel Teixeira Gomes encheu-se para a sessão de encerramento oficial da Rota do Petisco 2013. Os números que fizeram o evento foram então revelados e o balanço final justificou o compromisso de que para o ano há mais.
38 dias, 70 estabelecimentos, 7 zonas, 3 freguesias, 2 concelhos – eis os números que construíram o cenário da Rota do Petisco 2013. Agora os actores: 15 voluntários e mais de mil pessoas envolvidas directamente no evento. Quanto aos resultados finais, há um número que exprime, sem reservas, uma ampla adesão: 100.551 ementas vendidas (88.573 na modalidade “Petisco” e 11.978 na de “Doce Regional”). Este número significa que foram servidas diariamente, em média, 1.436 rotas. Comparativamente com a edição do ano anterior, a Rota do Petisco 2013 registou um crescimento na ordem dos 183% no total de ementas vendidas. Sublinhe-se, porém, que, este ano, o período de duração do evento foi menor do que em 2012. Portanto, considerando essa variante e comparando a média diária de Rotas servidas, o crescimento foi ainda mais expressivo – 237%.
Traduzindo estes números em valores financeiros, a Rota do Petisco 2013 teve um impacto económico directo calculado em 245.388,50 €, um valor que ganha ainda maior significado quando colocado em confronto com o investimento feito no evento, estimado em cerca de 70 mil euros, grande parte suportado em trabalho voluntário. Também, nesta perspectiva, o balanço é francamente positivo.
Porém, talvez ainda mais importante do que as ementas vendidas e os valores resultantes, foi o o facto de, durante 38 dias, a Rota do Petisco ter transformado a cidade de Portimão e as vilas de Alvor e Ferragudo. As ruas encheram-se de gente e a animação cultural associada ao evento deu uma nova vida aos estabelecimentos e às zonas envolventes. A Rota conseguiu um dos seus principais objectivos: criar uma nova relação dos cidadãos com o espaço público, encorajá-los a sair de casa e descobrir a gastronomia e os estabelecimentos da sua localidade num ambiente de convívio e partilha. De facto, o evento teve um especial impacto entre os locais: segundo inquéritos realizados aleatoriamente durante o evento, 80 % dos petiscadores eram oriundos dos concelhos de Portimão e Lagoa. Também é interessante notar que a maioria resolveu “fazer-se à Rota” em grupo, alguns até bastante numerosos (cerca de 20% dos participantes inquiridos integravam grupos de mais de 10 pessoas).
Este ano, a Rota do Petisco teve igualmente uma vertente solidária. Pela aquisição do passaporte, foi solicitado um donativo de 1€ destinado a três instituições locais de solidariedade social: o Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora do Amparo (Portimão), o Lar de Crianças Bom Samaritano (Alvor) e o Centro de Apoio a Idosos de Ferragudo. Os petiscadores responderam generosamente a este apelo. No final, a Rota Solidária conseguiu angariar um total de 9.095,26 €, um montante que será distribuído equitativamente pelas três instituições.
Chegámos ao fim da Rota 2013. Mas não vamos ficar por aqui. Fica a promessa de que, em 2014, a Rota do Petisco irá voltar. E com o balanço realizado e todas as sugestões registadas, decerto que voltará em grande.
Nota de Imprensa 32-2013