Este ano a Rota Solidária “dá” voz a projetos destinados aos jovens
/0 Comments/in Sem categoria /by Rita InácioEste ano a Rota Solidária dá "voz" a projetos destinados aos jovens
Os melhores petiscos do Algarve já estão em fase de confeção para a 12.ª edição da Rota do Petisco e ao prová-los, um pouco por toda a região, entre 14 de Setembro a 16 de Outubro, estará uma vez mais a contribuir para diferentes projetos sociais. Este ano a Rota Solidária dá voz aos mais jovens.
O Passaporte que dá acesso ao evento voltará, em breve, a invadir as ruas do Algarve e o seu valor (1,5€) continua a reverter na totalidade para projetos dinamizados por instituições sociais e solidárias dos municípios que integram a Rota do Petisco.
Em Ano Europeu da Juventude, a associação organizadora da Rota do Petisco, a Teia D’Impulsos, decide dar voz a projetos de índole juvenil, que se debruçam em algumas temáticas atuais e pertinentes para o bem-estar e o desenvolvimento pessoal dos jovens. Assim, as instituições que pretendam ser apoiadas devem apresentar projetos nas seguintes áreas:
- Combate à discriminação social, racial e de género;
- Promoção da saúde mental dos jovens;
- Voluntariado jovem.
A Rota Solidária celebra 10 anos de grandes concretizações e, de recordar, que ainda no ano passado foram vendidos cerca de 14.000 Passaportes para a Rota do Petisco, o que permitiu apoiar nove projetos em 21.000 euros.
As inscrições para a Rota Solidária encontram-se abertas até ao próximo dia 9 de Junho AQUI, com o seguinte Regulamento com critérios de seleção como a relevância social, parcerias, custo/benefício, sustentabilidade, e número de pessoas abrangidas.
Para mais informações, poderá ainda aceder ao website oficial do evento www.rotadopetisco.com, entrar em contacto através do email info.rotasolidaria@gmail.com e pelo contacto telefónico 910 174 814.
IV Jornadas do Arade terminam com a promessa de uma reunião conjunta entre os quatro municípios que partilham o rio
/0 Comments/in Sem categoria /by Rita InácioIV Jornadas do Arade terminam com a promessa de uma reunião conjunta entre os quatro municípios que partilham o rio
Após dois dias repletos de temáticas relacionadas com a valorização do património, num encontro no Museu de Portimão, e um passeio à sua descoberta, as IV Jornadas do Arade terminaram com a promessa de uma reunião entre os municípios das Terras do Arade. Um dos temas a debater é o desassoreamento do rio Arade.
Nas IV Jornadas do Arade, organizadas pela Associação Teia D’Impulsos, foi feita uma análise SWOT à sub-região, debateram-se os desafios ao seu património fluvial e industrial, foram dados a conhecer projetos entre municípios e procedeu-se ao mapeamento do património cultural imaterial. O evento culminou numa tertúlia Teia D’Ideias Especial, no sábado à noite, com a palavra dos municípios das Terras do Arade sobre a valorização deste património comum.
O desassoreamento do rio Arade foi um dos temas quentes da tertúlia, levantado pelo Município de Silves, ali representado pelo Vereador Tiago Raposo: “Chegamos a um momento em que temos os quatro (territórios) de olhar, e com alguma urgência, para isto enquanto projeto conjunto nosso e de todo o Algarve”. O vereador comentou que este desassoreamento e o alargamento do canal do Porto de Portimão estão “interligados” na medida em que “não queremos só que o rio seja navegável até Silves, precisamos que em Portimão também haja condições para receber cruzeiros e pessoas com o menor impacto ambiental possível”. Para Tiago Raposo, “falta interesse conjunto, vontade política e financiamento” para um projeto desta dimensão, tanto a nível de toda a região como no panorama nacional.
O presidente do Município de Lagoa, Luís Encarnação, assinalou o apoio incondicional da autarquia para este projeto adiantando que “não é um tema novo”. Remota a 2002-03 e a ideia era “permitir que as embarcações saíssem de Portimão, do cais junto aos restaurantes da sardinha, para evitar a primeira travessia da ponte rodoviária, e irem até Silves”. Já na altura, Luís Encarnação “acreditava que teríamos todos a ganhar com isso” mas avança que “não conseguimos sair da primeira reunião pois não nos entendemos sobre onde iríamos colocar as areias do desassoreamento”. O autarca conclui que: “Quando passamos da teoria à prática, é preciso estarmos de espírito aberto e percebermos que temos de encontrar soluções que sejam boas para todos.”
O Município de Monchique tem um novo executivo e o vice-presidente Humberto Sério
recorda que apesar de Monchique “não partilhar uma margem do rio Arade” contribui em peso para o seu caudal, nomeadamente, através da Ribeira de Boina e da Barragem de Odelouca. O Município assume ser “importante distanciarmo-nos daquilo que é a interioridade, aproximando-nos cada vez mais destes concelhos do litoral”. Já acerca da questão do desassoreamento, embora Monchique não beneficie diretamente com isso, Humberto Sério atenta que “um dos grandes projetos que temos são Passadiços e Centro Interpretativo no Cerro do Castelo do Alferce”, antigo posto de vigia para o Castelo de Silves, e que poderia ter mais visitantes dessa forma. “Têm de existir condições para nos sentarmos e fazermos uma análise SWOT, percebendo quais as mais e menos valias para cada município”, sugere.
O Vereador com o pelouro do Urbanismo do Município de Portimão, João Gambôa, avançou que a autarquia tem um “masterplan para finalmente desenvolver a sua Zona Ribeirinha”, visto ter agora essa jurisdição. O objetivo é “virarmos a cidade para o rio” e um dos investimentos será a criação de uma plataforma intermodal “para que as marítimo-turísticas possam operar até Silves e Grutas de Benagil”. Mas não tem dúvidas de que “o que temos de fazer é desassorear o rio Arade porque esse é o nosso canal de comunicação”.
Para João Gambôa existe uma “série de restrições de instrumentos de ordenamento do território e, até, uma cultura que se instalou em Portugal que não nos deixa fazer nada” e, a seu ver, “não é isto que desenvolve o património”. A intervenção no património é que “faz com que se evolua e se não houver investimento não conseguimos valorizá-lo. Temos esta grande dificuldade de encontrar soluções sustentáveis e coordenáveis”, defende.
O vereador adicionou que “não podemos ser inocentes quando falamos todos num só Algarve” visto que temos “uma balança demasiado pendente para o Sotavento” para o chamado Triângulo Dourado, considerada a zona de maior prestígio da região, integrando a Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vilamoura. Defende que o Algarve tem assim “dois pesos e duas medidas” e que “o Arade pode ser a charneira para atrair outro tipo de investimentos para que possamos caminhar no sentido de um todo equilibrado, desde Vila Real de Sto. António até Vila do Bispo”.
O presidente de Lagoa deixou como nota final que “uma das grandes mais valias que nós temos no Arade, e que temos de saber explorar, é a complementaridade entre estes quatro municípios que partilham entre si o rio”. Cada um destes territórios tem a sua identidade e agenda própria, mas deverá ter “a consciência de que há coisas que podemos fazer que são comuns a todos e que, das sinergias a criar, haja o sentimento de que todos vão ganhar”.
Um desassossego por “valorizar o que nos une”
Durante o discurso de encerramento do evento, o Coordenador das Jornadas do Arade, Nuno Vieira, explicou que “tentamos ser esta voz da sociedade civil a apelar aos quatro concelhos para que cresçam em conjunto e para que nos valorizemos enquanto sub-região, pois ganharemos muito mais com isso”. Já o presidente da Teia D’Impulsos, Luís Gonçalves, afirmou que “o Arade é um bom pretexto para nos juntarmos” e que a mensagem a transmitir é a de “valorizar o que nos une”. Luís Gonçalves notou, ainda, que “estas Jornadas do Arade vão ter efetivamente uma consequência, que passará por uma reunião entre os quatro municípios, para que consigamos dar um passo sustentável de crescimento ao nível do Arade”.
As IV Jornadas do Arade tiveram o apoio dos Municípios de Lagoa, Monchique, Portimão e Silves e das Juntas de Freguesia de Portimão, Alvor, Ferragudo e Monchique. Do Museu de Portimão e Amigos do Museu de Portimão, Vinhos do Algarve, Adega do Convento do Paraíso, Faina, Delta Cafés, Intermarché, Alvor FM e Sul Informação.
IV Jornadas do Arade desafiam à descoberta e valorização do Património
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Após cinco tertúlias, que viajaram pelos quatro municípios que integram a Bacia do Arade, chega agora o evento Jornadas do Arade, entre 13 e 15 de maio, no Auditório do Museu de Portimão. Este é o destino final de uma viagem imperdível cujo objetivo é o de, todos, conhecermos e valorizarmos mais o nosso Património.
Lagoa, Monchique, Portimão e Silves voltam a aceitar o desafio colocado pela Associação Teia D’Impulsos de refletir sobre o presente e projetar o futuro das Terras do Arade, explorando de forma sustentável os seus recursos, ou não fosse esta uma sub-região de identidade geográfica, económica, social, cultural e ecológica própria. A 4.ª edição do evento dará, por isso, “voz” ao Património nas suas diversas dimensões.
O programa das IV Jornadas do Arade divide-se em vários momentos de partilha de conhecimento e experiências, entre apresentação de comunicações livres e concurso de ideias, conferências, mesas redondas, tertúlia e até um último dia de passeio à descoberta deste património.
O ponto de partida, no dia 13 de maio (sexta-feira) à tarde, não podia deixar de ser uma Análise SWOT para avaliar forças, oportunidades, fraquezas e ameaças destes territórios, com a preciosa ajuda da academia. Em seguida, refletem-se os “Desafios para a preservação e exploração sustentável deste património fluvial” da Bacia do Arade, com a participação do ICNF e dos projetos Natura Fish Alvor (aquacultura) e o Water World (arqueologia subaquática).
Quando a Oficina vira Museu e a palavra dos Presidentes de Câmara
No 2.º dia, falamos sobre património industrial, na mesa redonda “Quando a Oficina vira Museu”, com o contributo da Região de Turismo do Algarve (RTA) e do Museu de Portimão, da Adega do Convento do Paraíso (Silves), da Conserveira do Arade (Lagoa) e da Casa do Medronho (Monchique).
Descobriremos depois “O que já está a ser implementado” em prol da Valorização do Património das Terras do Arade, junto da Direção Regional da Cultura do Algarve e dos quatro municípios. Um dos desafios é que esta valorização seja feita numa lógica de sinergias, em busca de soluções integradas, pelo que iremos conhecer alguns projetos intermunicipais, como o caso da Via Algarviana e do Projeto Magallanes.
Por último, em conjunto com a Rede de Museus do Algarve, será feito um “Mapeamento do Património Cultural Imaterial” da região. O evento culmina com uma tertúlia Teia D’Ideias Especial para dar a palavra aos presidentes dos quatro municípios (Lagoa, Monchique, Portimão e Silves).
As IV Jornadas do Arade é um evento aberto ao público, gratuito, mediante inscrição prévia aqui. O encontro está marcado entre as margens!
Um passeio à Descoberta do Património das Terras do Arade
No domingo, 15 de maio, convidamos a um passeio, durante todo o dia, pelos quatro municípios, em busca de evidências de tudo o que foi falado ao longo dos dois dias no Museu de Portimão. É de lá que partimos, pelas 08h45, em autocarro, com uma primeira paragem no Sítio das Fontes, em Estômbar. Haverá uma caminhada até à Adega Arvad para uma prova de vinhos e petiscos. Passamos por Silves, para um passeio arqueológico, e seguimos viagem até Monchique com piquenique. Terminamos com a vista das Terras do Arade do ponto mais alto do Algarve. A participação neste programa tem o custo de 15€, inscrição aqui.