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Para abrir o apetite…

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A 30 de Junho o convite é para ir ao TEMPO – Teatro Municipal de Portimão e assistir à abertura do festival, com a exibição do filme Floripes de Miguel Gonçalves Mendes, à qual se seguirá uma breve conversa sobre a produção e o impacto deste filme-documentário que aborda a lenda da moura encantada de Olhão, ainda bem viva no imaginário das suas gentes.

No dia 1 de Julho, pelas 18h00 será o momento do Museu de Portimão onde será mostrado o seu espólio pela voz de antigos operários da Fábrica Feu e pescadores. A noite continua com um espaço de reflexão sobre a relação entre o património oral e o espaço museológico. A sessão começa às 21h00, com a atuação da Orquestra de Acordeões da Academia de Música de Lagos, dirigida por Gonçalo Pescada, e continua com uma mesa-redonda composta por Maria Luísa Francisco, investigadora e delegada regional da Associação Portuguesa de Museus (APOM), Ana Patrícia Ramos, antropóloga no Museu Municipal de Portimão, e Idalina Nobre, coordenadora do grupo de trabalho de Património Cultural Imaterial da Rede de Museus do Algarve, que tentará responder à questão: “Qual o lugar do património oral do museu?”.

O FOrA ruma a Alvor na quinta-feira, dia 2 de Julho. O ponto de encontro é no Castelo de Alvor e às 18.30, os participantes serão convidados a descobrir os segredos e as curas para todos os males, numa oficina de mezinhas que promete atrair até os mais incrédulos. A noite continua com a recriação de uma prática tradicional de Alvor: a descasca do milho. Escutar as histórias e os cantos, entrar no quotidiano rural do Algarve.

A tarde de sexta-feira, dia 3 de Julho, começa na Casa Manuel Teixeira Gomes, com um espaço dedicado aos mais jovens. Às 15h00, a Clínica ASAS convida os mais pequenos a brincar com as palavras, numa sessão em que as crianças são guiadas pela terapeuta da fala Elsa Glória numa descoberta divertida de novas competências de linguagem. Seguem-se as linquintinas do Algarve: duas Moças levadas da breca (i.e. Nagragadas) que apresentam aos mais jovens essa tradição ainda tão viva na ponta da língua das gentes algarvias. Depois a D. Almerinda e D. Leonor dão a conhecer os trava-línguas, as lengalengas, as adivinhas, num diálogo inter-geracional que desperta o interesse das crianças pela sua língua materna.

A partir das 17h00, o palco do FOrA muda para o edifício da Antiga Lota de Portimão. Esta é a hora em que decorrerá a actuação do Grupo Canto Renascido, sob a batuta do maestro António Vinagre. De seguida será apresentado o projeto TASA – Tradições Ancestrais, Soluções Atuais. Sara Fernandes (PROACTIVETUR) e Catarina Cruz (CCDR Algarve) falarão sobre este projeto que conjuga a cultura tradicional regional ao nível do artesanato com a inovação estratégica e uma linguagem mais contemporânea. A religiosidade popular chega ao FOrA às 18h30, numa conversa em torno das crenças, superstições, orações e pragas. Um convite para partilhar o que também sabe ou ouviu aos seus pais e avós. O FOrA prossegue com uma das mais tradicionais práticas do Algarve: a apanha e destilação do medronho e às 19h30, a Confraria do Medronho partilhará histórias de como era e ainda hoje é este processo moroso mas gratificante – bem mais do que a simples transformação do fruto em bebida, mas também um momento de sociabilidade e de partilha entre gerações. A Confraria do Medronho também estará presente com um momento musical pelo seu grupo de cantares. A música continua no FOrA. Às 21h30, D. Almerinda e D. Leonor juntam-se às outras Moças Nagragadas e trazem cantares populares tradicionais. Nascido em 2002, as Moças Nagragadas é um grupo oriundo de Paderne integrado na associação APEOralidade. Às 22h30, o convite é para um “pézinho” de dança. Marcelo Rio com música no Baile FOrA e depois da meia-noite, no FOrA de Horas, é altura de ouvir e partilhar mitos urbanos.

No sábado, o FOrA começa às 17h30 na Antiga Lota de Portimão com as artes e ofícios tradicionais nas oficinas FOrA onde se ficará a saber como preparar o biqueirão, como deliciar a família e amigos com doçaria regional e como fazer os próprios cestos e trabalhos em palma. Depois, pelas 18h30, o mote será o sotaque e as expressões tradicionais algarvias. A professora Maria Alice Fernandes (Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve), o humorista Dário Guerreiro e o escritor Sérgio Brito irão mostrar que “Falando algarvio, nos entendemos”. E à conversa sucede a música. O Grupo Canto Renascido, sob a batuta do maestro António Vinagre, traz-nos cantares tradicionais do Algarve. A música continua às 21h30, com os Amigos da Figueira, que abrirão o apetite para mais uma noite de mexer o esqueleto – Baile FOrA com Pedro Silva. O FOrA de Horas de sábado começa com as anedotas da D. Alzira – da Mexilhoeira Grande, com muito humor. E para acabar em beleza, Dário Guerreiro regressa, agora já na pele do Môce dum Cabréste, para uma amena cavaqueira. Em três palavras: a não perder!
Por isso, venha ao FOrA e fique por dentro.

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